VADE RETRO, CORIANDRUM SATIVUM

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Sou contra o coentro. Deixem minha comida com gosto de comida, não tudo com gosto de sabão.

Sou contra aquela camada verde, um verdadeiro gramado indigesto que cobre o ceviche.

Sou contra comer o feijão com os olhos e, quando entra em contato com o paladar, vir aquele sabor enjoativo/rançoso/bhurrr – que vontade de vomitar – típico do diabo verde chamado coentro.

Sou contra ter que ouvir “nossa, peixe sem coentro não é peixe”. Que coma só o coentro, então. Pra quê gastar o peixe?

Sou contra ir comer hambúrguer e presenciar o sacrilégio de colocarem maionese de coentro no lanche. Maionese de coentro deveria se chamar apenas coentro. Oras, não tem gosto de maionese, só de coentro.

Sou contra, antes de uma viagem à América Latina, ser obrigado a pesquisar no dicionário português-espanhol para me proteger da praga vegetal nos restaurantes: “Por Dios, sin cilantro”.

Que me perdoe o povo baiano, por quem tenho tanto carinho, mas o coentro poderia ser tombado como patrimônio histórico e ter o consumo proibido.

Pelo bem da nossa comida, sou contra o coentro!

 

*nota

Pedro Fleury

“Retome o hábito da leitura. Contos impactantes. Textos com humor. Escrita de qualidade.”

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