Quando você sabe que não é de verdade, que é manipulado, pouco importa seu livre-arbítrio. Sempre será um fantoche na mão daquele que se pensa Deus. Porém, mal sabe o todo-poderoso que você pode atrapalhar os planos dele, mesmo que não consiga mandar totalmente em seu próprio destino. Parece contraditório, mas fato é que ele não é onipotente. Quando menos espera e te subestima, é pego de golpe pelo acaso da história que acredita ser dono. Oxalá você tivesse o poder de guiar o próprio caminho, aí, quem sabe, deixaria de ser escravo. Apesar de que sua rebeldia é indomável… e ele sabe disso. Talvez até goste de afrouxar suas rédeas. “Faça seu caminho, cavalinho, brinque de ser livre”, ele eventualmente pense. Você abusa da semiliberdade e isso é que dá à história o movimento e a vivacidade ao bom desfecho. Pense bem: você é um personagem. E não um mero personagem, mas sim a essência de tudo. Sem você, a escrita é apenas palavras jogadas num papel em branco. Não à toa, você é o protagonista, aquele sem o qual o escritor não chega a lugar nenhum. Deixe que ele ache ser o dono da história, enquanto você a escreve como bem quiser.