TALVEZ EU VIESSE A TE AMAR

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Viesse a te amar

Que bobagem escrever para quem nunca vi

sem sexo, ou rosto, sem nada

Em meus braços jamais te abriguei

o teu nome, jamais escolhi

Tua pele, eu nunca toquei

Teu olhar, nem sequer entrevi

teu perfume, eu nunca aspirei, nem senti

Por minha vontade

com dolência não nasceste

sem que eu conhecesse

teu sexo, teu rosto, nem nada

Apenas um desejo meu

só meu — eu que tanto temia

ao pensar como tu viverias

Falta imensa já começo a amargar

Revivo, agora, o abuso e o vil desenlace

lágrimas, dores, pesar

mas tão grande o prazer do qual nos privei

por minha vontade, só por minha vontade

Melhor que eu não te abraçasse

— talvez eu viesse a te amar

Pedro Fleury

“Retome o hábito da leitura. Contos impactantes. Textos com humor. Escrita de qualidade.”

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